Nos últimos 15 dias a população de Pernambuco ficou atordoada e repercutiu sobre os ataques por tubarões a banhistas no litoral do estado. Foram três vítimas ao todo que tiveram membros amputados ou ficaram com sérias cicatrizes. No último dia 20/02 um surfista foi mordido pelo animal na praia de Del Chifre, localizada no município de Olinda-PE, a aproximadamente 20 Km do local em que ocorreram os dois últimos ataques no último final de semana aqui no estado.
Nos ataques do último final de semana, um jovem de 14 anos, de nome não revelado, foi mordido pelo animal na perna direita em plena manhã do domingo de sol às 11h20. O adolescente teve sua perna amputada após realização de cirurgias no Hospital da Restauração. Na segunda-feira, dia 06/03, no feriado de comemoração da Data Magna em Pernambuco, a vítima foi uma jovem de 15 anos que teve seu braço arrancado pela mordida do animal, além de algumas lesões no abdômen.
O Diretor Geral do Hospital da Restauração, Dr. Petrus de Andrade Lima explicou em coletiva concedida na manhã de hoje, como é que eles se preparam para receber as vítimas de incidentes com tubarões na maior emergência do Estado.
“Habitualmente somos notificados pelo Corpo de Bombeiros ou SAMU que nos avisam sobre o caso, e estão trazendo a vítima para o Hospital, então a equipe já providencia uma separação de sangue, por exemplo, e preparam a sala de cirurgia e, se for o caso, já disponibiliza uma vaga na UTI.”, explica o diretor geral do Hospital.
Atualmente, existem 12 salas de cirurgias no Hospital da Restauração, sendo 04 delas exclusivas para atender exatamente esses casos de maior gravidade, como também uma equipe que funciona 24h e é composta por especialistas em traumatologia, cirurgia vascular dentre outras. Os pacientes ainda podem contar com uma equipe multidisciplinar que é composta por psicólogos e profissionais de reabilitação que oferece todo acompanhamento necessário aos pacientes.
“O estado de saúde deles é estável e os dois adolescentes estão bem, mas permanecem sem nenhuma previsão de alta. Eles continuam em acompanhamento médico e pela equipe multidisciplinar e só retornarão às suas casas quando estiverem bem estabelecidos”. Finalizou o Dr. Petrus Andrade.
Fonte: Diário de Pernambuco