O técnico Cuca está extremamente abalado com as críticas dos torcedores do Corinthians e pensa em encerrar seu ciclo no Parque São Jorge nesta quarta-feira, 26, após o duelo decisivo diante do Remo, na Neo Química Arena, pela 3ª fase da Copa do Brasil. Segundo informações apuradas pelos repórteres Gabriel Sá e Márcio Reis, do Grupo Jovem Pan, o profissional não esperava tamanha rejeição e não vê perspectiva de reviravolta na situação. Assim, independente do resultado diante da equipe paraense, o presidente Duílio Monteiro Alves pode voltar ao mercado da bola para encontrar um novo comandante. Contratado na quinta-feira passada, o treinador viu uma parcela da torcida do Alvinegro questionar sua contratação nas redes sociais. Na estreia contra o Goiás, na Serrinha, pelo Campeonato Brasileiro, alguns corintianos também ergueram faixas exigindo sua saída. O motivo da revolta é da condenação do ex-jogador por estupro de vulnerável, ocorrida em 1989, em Berna, na Suíça. Oficialmente, o Corinthians diz não saber da movimentação e reitera que conta com o técnico até o final da temporada. O site da Jovem Pan também entrou em contato com a defesa de Cuca, mas ainda não obteve resposta.
O caso
Em 1987, durante uma excursão do Grêmio à Suíça, Cuca e mais três jogadores da equipe ficaram presos no país europeu por um mês sob acusação de terem violentado sexualmente uma garota de 13 anos. Oficialmente, Cuca afirma que foi julgado à revelia e nega as acusações. “Nunca encostei o dedo indevidamente em uma mulher. Nunca!”, declarou, na apresentação ao Corinthians, afirmando que a vítima não teria o reconhecido no julgamento. Na última terça-feira, no entanto, o advogado que representou a garota disse ao “UOL” que a jovem reconheceu o técnico como um de seus agressores e que foi encontrado sêmen dele nos exames realizados após o ocorrido. Após o desdobramento, Cuca declarou que não irá tolerar “ofensas contra sua integridade” e que só se manifestará através de seus advogados. Em 1989, ele e seus companheiros Henrique e Eduardo foram condenados a 15 meses de prisão e ao pagamento de multa de US$ 8.000 cada um. Considerado cúmplice, Fernando pegou três meses de prisão e multa de U$ 4.000. O quarteto, que se ausentou do julgamento, foi defendido por Luiz Carlos Pereira Silveira Martins, o Cacalo, que na época era dirigente do Grêmio. Nenhum deles cumpriu a pena.
Fonte: JP