O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse hoje que dois casos da variante deltacron do coronavírus foram identificados no Brasil, um no Amapá e outro no Pará.
A cepa, identificada por pesquisadores franceses, combina as variantes delta e ômicron. Os pesquisadores, contudo, não acreditam que isso seja motivo de preocupação.
Segundo o ministro, esses pacientes estão sendo monitorados. “Essa variante é de importância, que requer monitoramento”, disse ele a jornalistas. “As medidas são as mesmas, e se tivesse que indicar uma medida, é a aplicação da dose de reforço”.
Imunidade
A perspectiva de uma cepa combinando duas das versões mais potentes do coronavírus até agora pode parecer assustadora, principalmente porque a delta era mais grave do que outras e a ômicron, altamente infecciosa.
Mas os cientistas enfatizam que agora há imunidade substancial na população humana contra ambas as variantes, então não há razão para pensar que isso representaria um risco maior.
Além disso, o caso identificado na França, na cidade de Soissons, foi rastreado em janeiro. Isso significa que já teria decolado se tivesse alguma vantagem – da maneira que a ômicron fez em novembro e dezembro.
Análise genética da deltacron
De acordo com a análise do código genético da “deltacron”, sua “espinha dorsal” é derivada da variante delta, enquanto seu pico – a parte do vírus que se liga às células humanas – é da ômicron. Os vírus recombinantes surgem quando um paciente é infectado com duas variantes ao mesmo tempo, e a combinação ocorre quando suas células se replicam juntas.
Autoridades de saúde do Reino Unido dizem que a variante não está ligada ao aumento de casos e internações hospitalares no país.
Fonte: Uol Notícias