O show da Nação Zumbi no Camarote Parador, no Recife Antigo, sábado passado, foi cercado de expectativas. Primeiro, com o anúncio da “última apresentação” da banda antes de uma parada por tempo indeterminado. A notícia já havia sido confirmada pelos integrantes e foi dita pelo vocalista Jorge Du Peixe no palco com tom de “paciência, voltaremos”. O grupo, inclusive, pretende lançar um novo álbum, mas provavelmente só no próximo ano.
Outra expectativa foi para saber quem teria a difícil missão de substituir o guitarrista Lúcio Maia naquele show. Uma semana antes do show, Maia publicou no Twitter: “Querides, informo a todes os(as) fãs da Nação Zumbi que não estarei presente nessas apresentações da banda em 2022. Aproveitando a pausa, estou me dedicando a outros projetos profissionais. Falaremos sobre a NZ em breve! Chila, relê, domilindró!”, escreveu, finalizando com o coro usado por Chico Science na música O cidadão do mundo.
Coube a Zi Ferreira assumir a “responsa”. O guitarrista tocou solos como o de Coco dub, uma faixa instrumental do disco Da lama ao caos, e diversos sucessos da banda, desde os tempos de Chico, como A praieira, Maracatu atômico e mencionada O cidadão do mundo, aos mais recentes, a exemplo de Um sonho e Foi de amor. Zi Ferreira toca com a banda de Alceu Valença, na qual entrou para substituir outro gigante: Paulo Rafael, ex-Ave Sangria, que faleceu em agosto passado, aos 66 anos, vítima de câncer.
O show da Nação Zumbi contou ainda com as participações especiais de Cannibal (Devotos) e Fred Zero Quatro (Mundo Livre S/A), matando uma saudade de mais de dois anos dos fãs. E o som de Pernambuco ditou o ritmo do Parador no sábado. A Banda Eddie mandou seu “original Olinda style” com canções como Baile da Betinha, Não vou embora, Desequilíbrio e Quando a maré encher, que a Nação também toca e foi composta pelo líder da Eddie, Fábio Trummer, junto com Rogerman e Bernardo Chopinho.
O Cordel do Fogo Encantado com sua magia arcoverdense e da periferia recifense também agitou o público com músicas como Chover, Poeira, Os oim do meu amor e Liberdade, a filha do vento e as poesias declamadas pelo vocalista Lirinha. E mesmo no show do carioca Marcelo Falcão teve participação pernambucana, com Lula Queiroga, na canção Viver, composta por ele.
MAIS PARADOR
Na quinta-feira, o clima de micareta comandou a festa no Parador, cuja edição na Semana Santa ocorreu em virtude do cancelamento do evento no Carnaval, em virtude da pandemia. Durval Lellys e Bell Marques entoaram hinos da axé music desde os tempos de suas antigas bandas, Asa de Águia e Chiclete com Banana, respectivamente. Timbalada manteve o pique da madrugada, e o DJ Magal foi o responsável pelo set nos intervalos e abertura.
Na sexta, Claudia Leitte, Alice Caymmi e Ludmilla foram as atrações. A Festa da Sopa, com os DJs Babaioff & Marcello H, também foi destaque no dia.
Fonte: Diariope