As cidades que decidiram cancelar o carnaval 2022 afetaram toda uma cadeia econômica, que vai de eventos a turismo, passando por restaurantes, hotéis e entretenimento em geral. A Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estimou que, com a suspensão das comemorações, cerca de R$ 8 bilhões foram retirados de circulação no Brasil. Além disso, pelo menos 25 mil empregos deixaram de ser criados.
A variante ômicron surgiu no final de 2021, obrigando as autoridades municipais a suspenderem as festividades. Ao menos 20 capitais, além do Distrito Federal, suspenderam todas as festividades. Em Belo Horizonte, a Justiça e a PBH autorizaram a realização de festas privadas na cidade.
Em 2020, último ano com carnaval de rua na cidade, Belo Horizonte teve 4,5 milhões de foliões durante quase um mês de carnaval. De acordo com a Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), a economia movimentou mais de R$ 700 milhões.
Juliana Vilela, proprietária da agência Efettiva Comunicação e Eventos e empreendedora há mais de 10 anos, explica que com o enfraquecimento das vendas devido às restrições da pandemia da COVID-19, eventos como o carnaval são muito esperados pelo comerciante, como uma forma de se reerguer do prejuízo.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), a taxa de ocupação dos hotéis no interior de Minas seria superior à registrada no último carnaval. “A rede hoteleira do interior deve ter uma ocupação de 84% no carnaval 2022”, informou em nota.
De acordo com a CNC, foi estimado para o carnaval de 2022 uma movimentação financeira de R$ 6,45 bilhões, um volume de receita 21,5% maior do que o registrado em 2021, em que as restrições da pandemia eram ainda mais duras.
Fonte: Estado de Minas