Goleiro titular de Camarões, André Onana foi definitivamente cortado da Copa do Mundo e não enfrentará o Brasil na próxima sexta-feira, 2, em jogo válido pela última rodada da fase de grupos. Nesta terça-feira, 29, o arqueiro foi visto em um aeroporto do Catar e deve retornar para a Itália, onde mora – o jogador defende as cores da Inter de Milão. Cortado do embate contra a Sérvia por questões disciplinares, Onana ainda escreveu uma carta, desabafou e disse que o técnico Rigobert Song não foi compreensível. “Coloquei todos meus esforços e energia para encontrar uma solução para uma situação que um jogador frequentemente enfrenta, mas não houve vontade do outro lado. Alguns momentos são difíceis de assimilar. Contudo, sempre respeitei e apoiei as decisões das pessoas em cargo de buscar o sucesso para nossa equipe e nosso país”, escreveu.
De acordo com a imprensa camaronesa, Onana e Song discutiram na prévia da partida contra a Sérvia. O goleiro teria se recuado a cumprir uma ordem do treinador, que gostaria que o arqueiro deixasse de fazer saídas curtas. Inicialmente, o jogador estava cortado apenas da segunda rodada. Apesar disso, pela falta de acordo entre as partes, o atleta acabou sendo definitivamente banido do Mundial. Em nota divulgada na última segunda-feira, a Federação Camaronesa de Futebol, liderada pelo ex-craque Samuel Eto’o, manifestou apoio ao técnico. “A Federação Camaronesa reitera seu total apoio ao técnico e sua comissão, já que eles implementam a política da Federação em preservar a disciplina, a solidariedade e a coesão dentro da seleção nacional.”
Veja o comunicado completo do goleiro:
“Quero expressar meu afeto pelo meu país e pela seleção nacional. Ontem, não fui autorizado a estar em campo para ajudar Camarões, como sempre faço, a atingir os objetivos da equipe. Sempre me comportei de forma a levar o time ao sucesso de uma maneira positiva.
Coloquei todos meus esforços e energia para encontrar uma solução para uma situação que um jogador frequentemente enfrenta, mas não houve vontade do outro lado. Alguns momentos são difíceis de assimilar. Contudo, sempre respeitei e apoiei as decisões das pessoas em cargo de buscar o sucesso para nossa equipe e nosso país.
Estendo toda minha força aos meus colegas, porque demonstramos que somos capazes de ir muito longe nesta competição.
Os valores que eu promovo como pessoa e como jogador são aqueles com os quais me identifico e aqueles que minha família me deu desde a infância. Representar Camarões sempre foi um privilégio. A nação em primeiro lugar e para sempre.
Obrigado”
Fonte: JP