O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse neste domingo (20), em uma entrevista exclusiva à CNN, que está pronto para negociar com o presidente russo, Vladimir Putin — mas advertiu que, se qualquer tentativa de negociação falhar, isso pode significar “uma terceira Guerra Mundial”.
As declarações foram feitas em meio a mais ataques russos a alvos ucranianos. De acordo com um comunicado divulgado no Telegram pelo conselho da cidade de Mariupol, na Ucrânia, uma escola de arte que estava sendo usada como abrigo foi bombardeada por forças russas também neste domingo. Cerca de 400 pessoas estavam abrigadas no prédio que foi destruído no ataque, disse o conselho. Ainda não há informações precisas sobre o número de vítimas, mas autoridades da região afirmam que pessoas estão presas sob os escombros.
A Rússia não se manifestou sobre a acusação da autoria do bombardeio na escola de arte, mas tem negado sistematicamente ter civis como alvos. Em uma mensagem de vídeo publicada no Facebook no início deste domingo, Zelensky afirmou que a cidade portuária ficará na história como um exemplo de crimes de guerra. Acompanhe a cobertura especial da CNN sobre a guerra na Ucrânia.
O presidente da Ucrânia também afirmou que os militares russos sofreram “perdas sem precedentes” e que algumas unidades russas foram “destruídas de 80 a 90%”.
“Os ucranianos provaram que podem lutar mais profissionalmente do que um exército que faz guerras há décadas em várias regiões e condições. Respondemos com sabedoria e coragem ao grande número de seus equipamentos e soldados enviados à Ucrânia”, disse Zelensky em um vídeo publicado nas redes sociais.
Neste domingo, sete corredores humanitários serão abertos nas cidades sitiadas, segundo vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk.
A Ucrânia já evacuou um total de 190.000 pessoas dessas áreas desde que a invasão russa começou em 24 de fevereiro, disse Vereshchuk no sábado, embora a Ucrânia e a Rússia se culpem por atrapalhar o processo.
Armas hipersônicas
No sábado (19), autoridades dos Estados Unidos confirmaram à CNN que a Rússia lançou mísseis hipersônicos contra a Ucrânia na última semana, o primeiro uso conhecido de tais mísseis em combate. Os EUA conseguiram rastrear os lançamentos em tempo real, segundo as fontes.
Neste domingo, a Rússia disse ter empreendido um novo ataque no fim de semana e declarou que os mísseis atingiram uma grande base de armazenamento de combustíveis e lubrificantes das forças armadas ucranianas. O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, afirmou que o local foi usado como principal base de abastecimento e reabastecimento para as forças blindadas da Ucrânia.
Os mísseis hipersônicos podem viajar em uma trajetória muito mais baixa do que os mísseis balísticos de alto arco, que podem ser facilmente detectáveis. Os hipersônicos também podem manobrar e evitar sistemas de defesa antimísseis.
O Pentágono fez do desenvolvimento de armas hipersônicas uma de suas principais prioridades, principalmente porque a China e a Rússia estão trabalhando para desenvolver suas próprias versões.
Em entrevista à CNN, a professora da Escola Superior de Guerra Mariana Kalil avalia a ação como uma resposta de Vladimir Putin ao apoio do Ocidente aos ucranianos.
“Me parece ser uma resposta russa ao apoio militar que tem sido oferecido pelo Ocidente à Ucrânia, que tem ampliado a possibilidade de defesa da Ucrânia em relação ao tipo de armamento que a Rússia está usando na guerra”, disse a especialista.
Armas hipersônicas
No sábado (19), autoridades dos Estados Unidos confirmaram à CNN que a Rússia lançou mísseis hipersônicos contra a Ucrânia na última semana, o primeiro uso conhecido de tais mísseis em combate. Os EUA conseguiram rastrear os lançamentos em tempo real, segundo as fontes.
Neste domingo, a Rússia disse ter empreendido um novo ataque no fim de semana e declarou que os mísseis atingiram uma grande base de armazenamento de combustíveis e lubrificantes das forças armadas ucranianas. O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, afirmou que o local foi usado como principal base de abastecimento e reabastecimento para as forças blindadas da Ucrânia.
Os mísseis hipersônicos podem viajar em uma trajetória muito mais baixa do que os mísseis balísticos de alto arco, que podem ser facilmente detectáveis. Os hipersônicos também podem manobrar e evitar sistemas de defesa antimísseis.
O Pentágono fez do desenvolvimento de armas hipersônicas uma de suas principais prioridades, principalmente porque a China e a Rússia estão trabalhando para desenvolver suas próprias versões.
Em entrevista à CNN, a professora da Escola Superior de Guerra Mariana Kalil avalia a ação como uma resposta de Vladimir Putin ao apoio do Ocidente aos ucranianos.
“Me parece ser uma resposta russa ao apoio militar que tem sido oferecido pelo Ocidente à Ucrânia, que tem ampliado a possibilidade de defesa da Ucrânia em relação ao tipo de armamento que a Rússia está usando na guerra”, disse a especialista.
O chanceler afirmou que “a solução de longo prazo é abandonar a mentalidade da Guerra Fria, abster-se de se envolver em confrontos de grupos e realmente formar uma arquitetura de segurança regional equilibrada, eficaz e sustentável. Só assim pode ser alcançada a estabilidade a longo prazo no continente europeu“.
Embora a China não tenha condenado abertamente a invasão russa da Ucrânia, também não ofereceu apoio explícito.
Austrália proíbe exportações de alumínio para a Rússia e anuncia ajuda para a Ucrânia
O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, impôs neste domingo uma proibição imediata das exportações de alumínio para a Rússia, ao mesmo tempo em que anunciou o envio de ajuda militar e humanitária adicional para a Ucrânia. De acordo com o governo australiano, a Rússia depende da Austrália para quase 20% de suas necessidades de alumínio.
Ajuda militar: o pacote inclui US$ 15,3 milhões em assistência militar defensiva para as Forças Armadas Ucranianas, elevando a assistência militar total da Austrália até agora para US$ 66,3 milhões, disse o comunicado.
Ajuda humanitária: o governo australiano afirmou que também fornecerá US$ 21,8 milhões em assistência humanitária de emergência, que se concentrará em “proteger mulheres, crianças, idosos e deficientes”.
Ucrânia perdeu “temporariamente” acesso ao Mar de Azov, diz ministério da Defesa
O Ministério da Defesa da Ucrânia disse, na noite de sexta-feira (18), já madrugada de sábado neste Brasil, que perdeu o acesso ao Mar de Azov “temporariamente”, com as forças invasoras russas estavam apertando o cerco em torno do principal porto do mar de Mariupol.
“Os ocupantes tiveram sucesso parcial no distrito operacional de Donetsk, privando temporariamente a Ucrânia do acesso ao Mar de Azov “, disse o Ministério da Defesa da Ucrânia em comunicado.
A pasta não especificou em seu comunicado se as forças da Ucrânia recuperaram o acesso ao mar.
“Ato desprezível de Putin”, diz secretário de defesa dos EUA sobre guerra
Em entrevista à CNN, Lloyd Austin, secretário de defesa dos Estados Unidos, falou sobre a conversa entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden e o presidente da China, Xi Jinping. Ele afirmou esperar que os chineses “não aprovem esse ato desprezível de Putin”. Austin espera ainda que os russos respeitem a soberania territorial dos ucranianos.
Como saída, o secretário informou que os norte-americanos têm oferecido equipamentos aos ucranianos, além de estarem conversando com os parceiros pró-Ucrânia todos os dias. “Estou sempre em contato com outros ministros da Defesa envolvidos na guerra”, disse.
Operações de resgate continuam em quartel ucraniano
As operações de resgate seguem em andamento em Mykolaiv, na Ucrânia, no local de um ataque com mísseis em um quartel que abriga soldados, disse o chefe regional Vitalli Kim.
Dezenas de soldados foram mortos no ataque pelas forças russas, de acordo com jornalistas da afiliada sueca da CNN Expressen que estavam no local. O correspondente Magnus Falkehed e o fotojornalista Niclas Hammarström relataram que, por volta das 6h, no horário local, desta sexta, “dois caças russos lançaram o que pareciam ser cinco bombas”, destruindo vários edifícios no quartel.
Rússia diz que destruiu centros de rádio e inteligência ucranianos
O Ministério da Defesa da Rússia disse no sábado (19) que o sistema de mísseis costeiros “Bastion” destruiu os centros de rádio e inteligência eletrônica das Forças Armadas ucranianas nas vilas de Veliky Dalnyk e Velikodolinskoe, localizadas na região de Odesa, ao longo do Mar Negro.
“Na noite de hoje, aeronaves operacionais-táticas, militares e não tripuladas russas atingiram 69 instalações militares na Ucrânia”, disse. O ministério afirma ainda que, no total, “desde o início da operação militar especial, 196 veículos aéreos não tripulados ucranianos, 1.438 tanques e outros veículos blindados de combate, 145 lançadores de foguetes múltiplos, 556 peças de artilharia de campanha e morteiros, bem como 1.237 unidades de veículos militares foram destruídos.”
Família continua busca por brasileira que mora na Ucrânia
Familiares continuam buscando informações da brasileira Silvana Pilipenko, paraibana que mora na Ucrânia e se comunicou com os parentes, pela última vez, no dia 2 deste mês de março. Ela está na cidade de Mariupol, um dos principais alvos dos ataques russos.
Neste sábado (19), a família completa 17 dias sem informações de Silvana, além do marido e da sogra dela, ambos ucranianos. A CNN questionou o Itamaraty sobre a paraibana, mas não recebeu retorno até o momento. Na última quarta-feira (16), o Itamaraty havia comunicado o acionamento de organizações internacionais de apoio humanitário por conta do caso. A sobrinha de Silvana Pilipenko, Maria Beatriz Vicente, contou que a tia estava no Brasil até janeiro. Ela voltaria ao país no próximo dia 20 e a falta de notícias deixa a família angustiada.
Biden conversa com Xi Jinping; Putin faz discurso em estádio
No mesmo dia em que o presidente chinês, Xi Jinping, disse ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em conversa por telefone, que a guerra “não é de interesse de ninguém”, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, participou de um evento para celebrar a anexação da Crimeia à Rússia, fato que ocorreu em 2014.
Em discurso para um público estimado de 100 mil pessoas no Estádio Luzhniki, em Moscou, o líder russo falou sobre a guerra em andamento e defendeu a operação citando “Bíblia” e “genocídio”.
Os ataques ordenados por Putin à Ucrânia, que começaram em 24 de fevereiro, foram o motivo da conversa por telefone entre Biden e Xi, ocorrida às 9h03 (horário de Brasília) desta sexta. Os Estados Unidos temem que a China possa fornecer à Rússia equipamentos militares para ajudar na invasão.
Xi, no entanto, negou interesse no conflito. “As relações entre os Estados não podem chegar ao estágio de confronto militar. Conflito e confronto não são do interesse de ninguém. A paz e a segurança são os tesouros mais queridos da comunidade internacional”, afirmou o presidente chinês, segundo a CCTV.
Imagens mostram destruição em Mariupol
Novas imagens de satélite da Maxar Technologies mostram que mais áreas na cidade ucraniana de Mariupol foram destruídas por intensos tiroteios entre militares russos e ucranianos.
Em uma das imagens, tirada no oeste de Mariupol, complexos de apartamentos são vistos queimados e escombros espalhados ao redor deles. Do lado de fora de um deles, vários ônibus são vistos, e alguns estão queimados.
No norte da cidade, os prédios de apartamentos ao redor de duas escolas foram danificados.
Ucrânia diz que 130 foram resgatados em teatro atacado
A ombudswoman de direitos humanos da Ucrânia disse na sexta-feira que 130 pessoas foram resgatadas até agora de um teatro bombardeado em Mariupol, mas ainda não havia informações sobre mais de 1.000 outras pessoas que autoridades acreditam que estavam abrigadas no local quando a bomba caiu.
Lyudmyla Denisova afirmou que o trabalho de resgate estava em andamento no local, que a Ucrânia diz ter sido atingido por um poderoso ataque aéreo russo na quarta-feira. A Rússia nega ter bombardeado o teatro ou estar alvejando civis.
“As equipes de resgate estão trabalhando. Só há esta informação: 130 pessoas estão vivas e foram retiradas. O restante está esperando ajuda”, disse ela em rede nacional.
Rotas para atacar Kiev foram bloqueadas, diz Ucrânia
As Forças Armadas da Ucrânia informaram na sexta-feira que as duas principais rotas da Rússia para atacar a capital Kiev foram bloqueadas.
Diante de uma campanha para aparentemente cercar a capital antes de uma possível tentativa de tomá-la, as forças russas posicionadas em ambos os lados do rio Dnipro –que divide a cidade de norte a sul– foram detidas, segundo Oleksandr Hruzevych, vice-chefe de pessoal do exército ucraniano.
“Até hoje, o inimigo está parado a uma distância de quase 70 quilômetros da margem direita da cidade, o que impossibilita o disparo, exceto o de foguetes. Na margem esquerda, o avanço [também] foi interrompido. O inimigo está atirando cinicamente em nossas instalações de infraestrutura. [Mas] as principais formas de ataque estão bloqueadas”, disse.