O papa Francisco disse em entrevista publicada nesta terça-feira (3) que pediu uma reunião em Moscou com o presidente russo, Vladimir Putin, para tentar interromper a guerra na Ucrânia, mas não recebeu resposta.
O papa também disse ao jornal italiano Corriere Della Sera que o Patriarca Kirill, da Igreja Ortodoxa Russa, que deu à guerra seu apoio total, “não pode se tornar o coroinha de Putin”.
Francisco, que fez uma visita sem precedentes à embaixada russa quando o conflito começou, disse ao jornal que, cerca de três semanas após o início do conflito, pediu ao principal diplomata do Vaticano que enviasse uma mensagem a Putin.
“A mensagem era que eu estava disposto a ir a Moscou. Certamente, era necessário que o líder do Kremlin permitisse uma abertura. Ainda não recebemos uma resposta e continuamos insistindo”, disse o papa.
Ele acrescentou: “Temo que Putin não possa e não queira ter esta reunião neste momento. Mas como você pode não parar tanta brutalidade?”.
Antes da entrevista, Francisco, de 85 anos, não havia mencionado especificamente a Rússia ou Putin publicamente desde o início do conflito em 24 de fevereiro.
Possível fim em 9 de maio
O papa Francisco disse que o primeiro-ministro húngaro, Victor Orban, disse a ele, quando se encontraram no fim de abril, que o presidente russo, Vladimir Putin, planeja encerrar a invasão da Ucrânia em 9 de maio – feriado do “Dia da Vitória” da Rússia.
“Orban, quando o encontrei, me disse que os russos têm um plano, que tudo terminará em 9 de maio”, disse o Papa Francisco.
Fonte: CNN