A modelo brasileira Juliana Nehme fez um desabafo nas redes sociais dizendo que foi vítima de gordofobia na última terça-feira, 22, ao ser impedida no Líbano de entrar em um voo para o Catar por causa do seu peso. “A aeromoça da Qatar disse que eu não posso embarcar porque eu sou muito gorda e não tenho direito a essa passagem. Eu paguei US$ 1.000, são R$ 6.000. Estou eu, minha mãe, minha irmã e meu sobrinho, nós pagamos US$ 4.000 por essas passagens e agora ela simplesmente se nega a me dar as passagens e a me deixar embarcar no voo”, relatou. Juliana viajou até o Líbano pela Air France e afirmou que não enfrentou nenhum problema: “Foi tudo bem no voo! Vim de passagem econômica e não passei por nenhum constrangimento ou assédio”. Para a volta, ela comprou passagens para desembarcar em Doha, capital do Catar, e de lá seguiria para o Brasil. De acordo com Juliana, a confusão começou pouco antes do embarque: “Uma aeromoça chamou minha mãe enquanto a moça finalizava nosso check-in e disse para ela que eu não era bem-vinda para embarcar porque sou gorda e eles não iam me receber no voo! Só se eu comprasse passagem de primeira classe”. Como a diferença de valor seria muito grande, ela ficou sem saber o que fazer. Notando que não conseguiria embarcar, ela pediu para que suas malas, que já haviam sido despachadas, fossem devolvidas.
A modelo falou que em determinado momento até tentou comprar a passagem exigida pela companhia, mas eles se recusaram a vender. “Fiquei por quase 2 horas implorando para viajar. Minha mãe tentou de tudo. Fui ameaçada. Ao tentar gravar o que eles estavam fazendo, a moça do guichê me empurrou e nada adiantou. Fui ameaçada se não parasse de gravar. Eu estou retida no Líbano. Eles queriam que minha mãe fosse embora e me deixasse sozinha aqui, mas não falo inglês nem árabe. Ela se recusou. Minha irmã foi com meu sobrinho embora para o Brasil e ficamos aqui”, disse a brasileira. “Não tenho dinheiro para me manter aqui por mais tempo e eles disseram que eu tenho que pagar outra passagem para minha mãe e o upgrade da minha para [a classe] executiva, mas ninguém quis me vender! Fui extremamente humilhada na frente de todas as pessoas que estavam no aeroporto! Tudo isso porque sou gorda.” Para viajar na classe econômica, a empresa teria exigido que a modelo comprasse duas passagens e ainda pagasse uma multa por não ter viajado na terça. Juliana ainda não retornou ao Brasil. Na manhã desta quinta-feira, 24, ela afirmou que conseguiu entrar em contato com o embaixador do Brasil no Líbano e está recebendo ajuda: “Ele está fazendo de tudo para nos ajudar, mas falou que está muito difícil em relação a Qatar”.
Fonte: JP