A Polícia Civil do RJ iniciou nesta segunda-feira (4) a Operação Aryan, contra os sócios da Alpha Consultoria, suspeitos de pirâmide financeira e de lesar pelo menos 2 mil clientes em todo o Brasil.
Sadraqui (E) e Nathan, alvos da Operação Aryan — Foto: Reprodução
A firma, de Niterói, oferecia mediação de investimentos em criptomoedas com a promessa de entregar rendimentos de até 30% ao mês — mas os pagamentos cessavam pouco tempo depois.
Segundo as investigações, a quadrilha movimentou R$ 200 milhões em poucos meses em suas contas particulares.
Agentes da 76ª DP (Niterói) saíram para prender o empresário Sadraqui de Freitas e o ex-pastor evangélico Nathan Assis de Oliveira por estelionato, associação criminosa e crime contra a economia popular.
Os sócios não foram encontrados em diferentes endereços — alguns em condomínios de luxo — e já eram considerados foragidos. A polícia também cumpriu nove mandados de busca e apreensão.
O delegado Luiz Henrique Marques alerta para “promessas fáceis”.
“Trinta por cento é incompatível com o mercado. Não acredite em promessa fácil. Não existe dinheiro fácil”, declarou.
De acordo com as investigações, a Alpha Consultoria em Tecnologia da Informação LTDA foi aberta em fevereiro de 2021 e começou a atrasar o pagamento dos rendimentos dos clientes cerca de dois meses depois.
A firma alegou aos clientes que uma grande exchange (corretora de criptomoedas), onde eram realizadas as supostas operações da Alpha, tinha bloqueado as contas da empresa indiscriminadamente.
Mas a 76ª DP descobriu que essa exchange jamais congelou os aportes — e até havia valores para saque.
Sadraqui possui 30 anotações criminais por estelionato, organização criminosa, associação criminosa, lavagem de dinheiro e crimes contra a economia popular. Nathan possui 24 anotações pelos mesmos crimes. Eles nunca haviam sido presos.
Aryan faz referência a uma cidade no Egito onde se localiza uma misteriosa pirâmide em ruínas.
Alvo da Operação Aryan, casa de luxo em Niterói estava vazia — Foto: Reprodução
Fonte: CNN