O pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, afirmou nesta quinta-feira (12) que só aceita discutir a formação de uma frente ampla para as eleições de outubro se for para defender a democracia e “mais nada”.
Ele afirmou que irá convocar “todos os democratas” do país para resistir às ameaças ao processo eleitoral, mas afirmou que as discussões sobre o tema precisam ter “conteúdo” e não ser um “conchavo”. A declaração foi dada em entrevista ao Instituto Conhecimento Liberta.
“Aqui o conteúdo é simples e raso: defender a democracia. Só vou me sentar junto com essa gente para isso e mais nada. No resto, sou diferente de todos eles e vou aprofundar para o povo minha insuperável diferença em relação ao modelo econômico e de governança política”, afirmou.
Segundo Ciro, não é mais possível que os democratas, e não só os demais pré-candidatos à Presidência, façam de conta que “não há um caminho já envolvendo generais” para um golpe.
Ele se referia às contestações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro sobre a confiabilidade das eleições. Os militares têm questionado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde o final de 2021 sobre pontos relacionados à segurança das urnas eletrônicas.
O pedetista afirmou que o objetivo de uma eventual frente ampla seria derrotar Bolsonaro, mas classificou a eleição do atual presidente como uma “resposta magoada” da população ao modelo de governança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT. Questionado se o petista poderia ser incluído nas conversas de uma frente ampla, Ciro disse considerá-lo um “democrata”, diferentemente de Bolsonaro.
O pedetista afirmou ainda que, caso eleito, não fará acordos com partidos do Centrão que estiveram com Collor, Fernando Henrique Cardoso, Lula e agora Bolsonaro. “Comigo, eles estarão na oposição”, disse.
Fonte: CNN