O governo de Pernambuco vai analisar 106 obras paralisadas ou recém-iniciadas para fazer um diagnóstico das construções que poderão ser concluídas na gestão de Raquel Lyra (PSDB). São 50 obras abandonadas e 56 que começaram a ser feitas a partir de junho de 2022, no final da gestão do ex-governador Paulo Câmara (PSB).
Para fazer o diagnóstico foi criado um grupo de trabalho entre a Secretaria da Controladoria-Geral do Estado (SCGE) e a Secretaria da Casa Civil para analisar cada projeto. O plano de trabalho foi apresentado nesta sexta (27), na sede da SCGE, no Espinheiro, Zona Norte do Recife.
De acordo com a secretária Érika Lacet, as 50 obras paralisadas representam um volume de R$ 2,3 bilhões que foram contratados pelo governo anterior. As outras 56, que foram iniciadas em 2022, representam R$ 437 milhões contratados no ano passado, no apagar das luzes do governo Paulo Câmara.
“A gente vinha acompanhando esse problema há muitos anos e o governo nunca enfrentou o problema. Vamos pegar toda a documentação para analisar a execução desses contratos, o que falta para concluir e se vale a pena finalizar”, afirmou a secretária.
A previsão é de que o trabalho seja finalizado em até 40 dias. Depois do diagnóstico, a governadora Raquel Lyra é quem vai decidir quais obras serão tocadas, levando em conta a viabilidade, a importância socioeconômica e as estruturas que, após anos se deteriorando, ainda têm serventia.
Confira algumas das obras analisadas:
Obras paralisadas
Corredor Norte-Sul do BRT: R$ 186,6 milhões;
Corredor Leste-Oeste do BRT: R$ 168,6 milhões;
Barragem de Igarapeba: R$ 136,1 milhões;
Adutora em Parnamirim: R$ 114,4 milhões;
Hospital da Mulher de Caruaru: R$ 46,7 milhões.
Obras iniciadas em junho de 2022
Recuperação da orla da Praia de Jaguaribe: R$ 20 milhões;
Pavimentação e drenagem da PE-20, em São Lourenço da Mata: R$ 15,4 milhões;
Pavimentação em paralelepípedo da vicinal de Bom Jardim – Tamboatá: R$ 14,9 milhões.
Ao todo, 18 servidores foram escalados para atuar no grupo de trabalho. Todos são engenheiros, sendo oito deles da SCGE e 10 da Casa Civil. Segundo Érika Lacet, a economia do estado será levada em consideração.
“Esse valor de R$ 2,3 bilhões é o contratual. Vamos verificar o que foi pago e o que falta para concluir as obras. Muitas delas não estão no orçamento de 2023, e, por isso, vamos analisar junto com o caixa do estado, além de buscar recursos federais e convênios já formalizados”, declarou.
Fonte: g1