Em conversa com o blog no início da tarde desta segunda-feira (21), a ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) disse que ainda não bateu o martelo sobre sua eventual candidatura ao Senado. Mas ela fez um desabafo: “Não tenho nenhuma motivação em ser candidata.”
O blog revelou mais cedo que, no Amapá, estado no qual Damares entraria na disputa, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil) está fazendo uma intensa campanha para que partidos governistas não abram as portas para a ministra se candidatar. Alcolumbre vai tentar a reeleição.
Damares disse que, pelo coração dela, seguiria no governo. Para um ministro ser candidato, tem que se descompatibilizar do cargo até o início de abril.
“Eu ainda não me decidi. Mas, se quiser seguir meu coração, eu fico aqui [no governo]”, disse Damares. “Ainda vou ter uma conversa com o capitão”, completou a ministra, em referência ao presidente Jair Bolsonaro.
O Palácio do Planalto conta com a candidatura de Damares, para ampliar o palanque de Bolsonaro nas eleições e a base governista em um eventual segundo governo do presidente.
Questionada sobre as resistências das legendas governistas no Amapá ao seu nome, Damares reconheceu as dificuldades. Segundo ela, as lideranças ficam “bravas” quando chega alguém para “mudar o jogo” que já está estabelecido.
“Se chegar em qualquer lugar em que os palanques já estejam montados, para mudar o jogo, as lideranças ficam bravas”, argumentou.
Entre os partidos que, por influência de Alcolumbre, estão fechando as portas para Damares estão o PL, o PP, o PTB e o Republicanos.
Mas, ao mesmo tempo, a ministra revelou que tem propostas de outras siglas.
“Tenho vários outros partidos que me querem. O PRTB inclusive”, contou. “E se eu for candidata, eu vou ganhar”, concluiu Damares.